Meu percurso no esporte foi muito tortuoso. Foram dez anos longe do triátlon. Tive alguns desencontros, pausas para estudar, trabalhar, ser mãe e esposa. Em meio a tudo isso, não encontrava forças para recomeçar, pois tinha muita atenção voltada aos meus filhos ainda pequenos e minha van de transporte escolar.
Isso acontece porque nós achamos que o percurso até o objetivo é uma linha reta, sem curvas ou obstáculos. Nada foi fácil, mas coloquei na cabeça que iria transformar o obstáculo em lombada. Eu iria apenas encontrar uma forma de passar por ele e dar os passos necessários para chegar ao pódio.
Muitas vezes encontramos pessoas de sucesso, mas não conseguimos dimensionar o que elas passaram para estarem ali. Não vemos as gotas de suor derramadas durante o caminho percorrido até a chegada. Todos tiveram seus altos e baixos, mas nunca deixaram o desejo de se sentirem completos de lado.
Eu sabia que para voltar ao esporte teria que lutar, batalhar por meu espaço. Sempre tive consciência do poder interno seria capaz de ser utilizado. Precisava apenas aprender a administrar para seguir em frente.
Só precisamos nos planejar! Traçar metas, visualizar os objetivos. É importante lembrar que a nossa carreira não é uma pista de 100 metros. E sim, uma maratona!